sexta-feira, 19 de outubro de 2012

"Hick" - Crítica




















O filme, baseado no romance de Andrea Portes, que também é roteirista do filme, conta a história de Luli McMullen (Chlöe Moretz), uma garota de 13 anos que, ignorada pelos pais, decide viajar para Las Vegas apenas com uma bolsa e a arma ".45 Smith and Wesson" que ganhou do tio no seu aniversário. [...]
Encontrando diversas personagens pelo caminho, ela vê seus planos mudarem rapidamente de direção.

O filme é bastante interessante. Luli é forte, determinada e muito madura para sua idade, mas o roteiro torna exagerado e forçado seu lado aventureira.

O momento confuso em que ela decide viajar poderia ter sido melhor explicado se seus pais realmente a tivessem abandonado, ou se ela levasse pelo menos mais tempo tomando a decisão e se preparando para a viajem. Em contraponto, o filme conta também com algumas cenas muito boas, como a de Luci e sua arma em frente ao espelho, ou a do assalto à loja de conveniências.


Li algumas críticas que diziam que seus pais não contribuíram em nada para seu amadurecimento precoce. Discordo desta ideia. Como uma garotinha pode continuar inocente vivendo entre um pai bêbado e uma mãe insensível e exagerada? 

Ela não era tão inocente assim. Era apenas inexperiente e confiante demais.

A maioria das personagens secundárias poderiam ter sido postas de lado, pois não contribuem muito ao filme. 
Apesar disto, a história não se desvirtuou muito do objetivo principal, e foi muito clara a mensagem da carregada crítica social contida ali.

O final, que desagradou a muitos, foi suficiente para mim. Coerente com a história, poderia apenas ter explicado melhor a relação de Luli com sua mãe.

Eddie Kreezer, personagem de Eddie Redmayne, é asqueroso e completamente pirado. Digno de pena, ao contrário do ator, que soube interpretá-lo muito bem. 


Chlöe Moretz, como sempre, fez um ótimo trabalho com Luli, captando e transmitindo perfeitamente as emoções e sensações da personagem. 
Até mesmo Blake Lively se saiu bem com sua sofrida e amargurada Glenda.

Resumindo, não é perfeito, mas é bom. O que mais se destaca são as atuações.

(Ayla Dresch)